Artes & Artigos

por Maurício Cadaval

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Os cavalos aposentados de Hokaido

12/03/2021 by Mauricio Cadaval

Esta é uma história verdadeira.

Os japoneses gostam muito de corridas de cavalos. No Japão, a maioria dos animais que participam dessas corridas são criados e treinados em fazendas da região de Urakawa, na linda ilha de Hokaido. Quando jovens, eles são muito bem tratados e recebem treinamento para serem campeões nas pistas das grandes cidades.

Cavalos bem tratados vivem de 25 a 30 anos, mas, por volta dos 15 a 18 anos, eles são “aposentados” das corridas e perdem os favores que recebiam dos seus donos, geralmente interessados apenas no dinheiro dos prêmios.

Hatsume é uma jovem japonesa que trabalhou nas fazendas de Hokaido e gostava muito de cavalos. Ela sempre se perguntava o que acontece com eles quando são aposentados das corridas.  Depois de muito pesquisar, descobriu que os cavalos que já não serviam mais para as corridas eram mandados para matadouros e sua carne vendida em açougues para alimentar pessoas e cães nas grandes cidades. Ficou horrorizada com tanta maldade.

O que fazer? Os donos das fazendas diziam que manter os cavalos aposentados é muito caro e eles não tinham dinheiro para jogar fora. Depois de muito pensar, Hatsume resolveu fazer alguma coisa. Com a ajuda de amigos e dinheiro que pediu emprestado no banco, comprou uma pequena fazenda e, com muito jeito, conseguiu que alguns criadores lhe dessem cavalos aposentados.

Agora que tinha uma fazendinha e um pequeno rebanho de cavalos, surgiu outro problema: como conseguir dinheiro para alimentar e tratar os animais? Hatsume viu que, morando em Hokaido, não ia resolver nada e decidiu se mudar para Toquio, a capital do Japão, e conseguir um emprego por lá. Foi o que ela fez. Voltava sempre à fazenda quando o tempo estava bom e quando havia feriados. Assim, com o dinheiro que lhe restava, conseguiu contratar dois empregados que cuidavam dos cavalos. Mas, ela ainda não estava satisfeita.

Numa de suas temporadas na fazenda percebeu como os cavalos, apesar de mais velhos, eram dóceis e gentis. Eles seriam ótimos, pensou Hatsume, para pessoas que gostam de cavalgar em passeios no campo e mesmo para quem se divertia só de observar a vida dos animais na fazenda. Na cidade grande onde trabalhava, ela conhecia muitas pessoas que nunca estiveram perto de um cavalo, mesmo tendo simpatia por eles. Foi assim que, na volta a Toquio, começou a fazer campanhas pela internet sobre o seu projeto de proteção dos cavalos ameaçados e a convidar as pessoas a visitarem sua fazendinha. Ela ficou impressionada com o sucesso de sua iniciativa: eram famílias inteiras que no verão queriam se hospedar na fazenda (aqui no Brasil se chamam haras), conhecer de perto a vida dos cavalos e de seus cuidadores e montarem para passeios nos belos campos da região.

As doações dos visitantes resolveram o problema de recursos que tanto preocupava Hatsume. 

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Lugares do quotidiano

08/08/2020 by Mauricio Cadaval

Pedi ao meu neto, que está morando no Além Mar com sua esposa e filhinhas, fotos de coisas banais como a fachada do prédio onde mora, o carro, a rua em frente da moradia, o interior do lugar onde trabalha e uma marmita pronta que sua esposa prepara para vender. A presença da família, inclusive das queridas bisnetas, é dispensável. Um céu nublado pode estar no plano de fundo se forem raros os dias ensolarados.

Ele disse que sim, que iria providenciar.

Imagino que ele e a esposa ficaram curiosos. Ou, talvez, que o pedido de um avô em idade avançada, por mais estranho que seja, não deve ser rejeitado. Pode haver alguma resistência: um carro velho não sugere problemas financeiros e, quem sabe, um indesejado pedido de ajuda? Uma fachada sombria na hora da foto não lembra falta de higiene?

Recebo algumas fotos de parentes e amigos pelo Instagram. A maioria – por que não dizer a quase totalidade – mostra pessoas felizes, em ambientes bonitos e bem arrumados, selecionadas a dedo na infinidade de registros mal focados e selfies disformes. Nada contra. Mas, de vez em quando, é bom receber imagens do dia-a-dia. Não digo tristes, porque ninguém é de ferro, mas apenas humanizadas pelo quotidiano, com os seus defeitos e imprecisões. Por exemplo, um jiló na marmita de minha nora, um carro empoeirado ou um escritório antes da faxina.

É isso que estou pedindo ao meu neto: que, à distância, me deixe entrar nos lugares de seu quotidiano.

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Chapada dos Veadeiros

16/02/2020 by Mauricio Cadaval

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O melhor da Chapada exige algum preparo físico. São montanhas, cachoeiras, paisagens belíssimas no parque e suas imediações. Um bom guia indica as melhores opções de trilhas, desde caminhadas curtas em terrenos planos até escaladas desafiantes. Quem preferir, pode ficar no povoado de São Jorge onde não faltam boas pousadas, bares e restaurantes, num ambiente simples e aconchegante. A cidade um pouco maior, mas ainda assim bastante tranquila, é Alto Paraíso. Quiseram transformá-la num centro místico alternativo, mas acho que não colou.

Tudo isso está situado a pouco mais de duas horas de Brasília. Aliás, para quem não conhece, Brasília é uma cidade bonita e interessante para os visitantes e muito confortável para morar, contrastando com a imagem negativa do noticiário político.

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StopMotion

11/02/2020 by Mauricio Cadaval

  

Fazer videos sobre viagens, família e eventos foi, por muitos anos, uma das minhas diversões favoritas. Sem qualquer pretensão de audiência, eu e Rosana somos a principal (e talvez a única) platéia deles. É apenas uma maneira muito pessoal de reviver momentos agradáveis. Quem quiser compartilhar um ou outro, basta entrar na minha página: www.vimeo.com/mcadaval.

Agora estou abrindo uma outra janela para aproveitar o pouco de criatividade que ainda me resta: quero usar a técnica de stopmotion para fazer pequenos filmes. Ela permite dar movimento (e vida) a fotos, desenhos, recortes e bonecos, coisas que tenho aos milhares. Quem souber um pouquinho desse assunto, por favor, entre em contato comigo. 

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Hábitos de alimentação numa família mineira

10/02/2020 by Mauricio Cadaval

Meu novo livro ficou pronto. Ele trata da história da alimentação num período bem específico – meados do século XX – num ambiente igualmente específico, uma família de classe média de Belo Horizonte.

Embora algumas receitas apareçam nas suas páginas, não se trata de um livro de receitas no sentido convencional. Está focado nos hábitos de alimentação, o que vai muito além do cardápio usual, incluindo os comportamentos à mesa de refeições, os ingredientes e utensílios utilizados na preparação e consumo dos alimentos, os equipamentos de cozinha (fogões, geladeiras etc.), os fornecedores (armazéns, feiras livres, padarias, etc.) e outros aspectos envolvidos nos serviços alimentares de uma família. A abordagem destes temas está longe de ser acadêmica: quem conta as histórias são os próprios filhos que, em diferentes momentos, participaram da vida familiar.

Esse livro é o resultado da colaboração de várias pessoas, com destaque para Maria Neuza, Maria Silvia, Maria Lucia e Daisy, minhas irmãs, que, pacientemente, gravaram horas de entrevistas, lembrando detalhes dos hábitos alimentares da família. Foram elas também que prepararam e decoraram, com muita alegria, os pratos para várias sessões de fotografia que, uma vez terminadas, eram avidamente consumidos com a ajuda de filhos, netos e bisnetos.

Uma colaboração essencial veio de Ana Paula Drumond Guerra, amiga e jornalista em Belo Horizonte. Eu e ela nos divertimos muito ao organizar e compilar todo o material que deu origem ao livro.

Conheça o livro:

APRESENTAÇÃO | O CADERNO DE RECEITAS DE DIVA | HÁBITOS DE ALIMENTAÇÃO
| PEQUENA HISTÓRIA GASTRONÔMICA | RECEITAS ESPECIAIS – DOWNLOAD COMPLETO 

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